sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

6° dia: Saideira em Grande Estilo!

A viagem já estava maneiríssima até ontem: zero de fila nos lifts, pistas vazias, powder todo dia, snowpark, hiking no Highland Bowl. Cada dia fizemos uma coisa diferente, as coisas se completavam. Mas por essa acho que ninguém esperava, hoje acabou sendo o melhor dia de todos!

Acordamos antes das 7 e a neve estava caindo forte. Devoramos o café da manhã e partimos pra pista na maior pressa, cheios de vontade para as First Tracks. Chegando lá a decepção: estava nevando tanto que os lifts iam demorar pra abrir. O Henrique (amigo do Mauro) estava com a gente, e lá pelas 8:45 veio a boa notícia: o Elk Camp ia abrir pela primeira vez na temporada. Corremos pra lá e pegamos o terceiro carro da Elk Camp Gondola. O terceiro carro! Imagina o que é ser um dos primeiros a riscar a neve de uma parte da montanha que está fechada recebendo neve sem parar há 2 semanas, onde ninguém está andando.

Na subida o Henrique foi apontando os lugares que a gente ia descer. O cara realmente conhece tudo de Snowmass, posso dizer que ele foi o grande responsável pelo tanto que a gente curtiu esse dia. Pista, fora de pista, carving, powder até a cintura. Vejam o vídeo e tirem suas próprias conclusões:



É isso aí gente, essa primeira snowtrip de 2007/2008 em Aspen/Snowmass chegou ao fim. Se alguém duvidava que tem neve em Dezembro, agora posso afirmar: tem neve pra C*%#*^ !!!

Valeu a companhia de todos que estiveram no grupo e também dos que acompanharam pelo blog. Vamos planejar as próximas trips, pois a temporada está só começando. Quem tiver alguma idéia é só escrever no fórum que não vai faltar gente pra formar a trip.

Até mais!
Johnny.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

2° dia: Epic Conditions

Daily report de hoje, no site da estação:
5-10" of snow is expected in the next 16 hours!
Conditions continue to be epic and base depths are more than double of our average.

Leo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Aspen/Snowmass em Dezembro

Alô, pessoal.

A galera do SnowAdventures estará em Aspen/Snowmass a partir do dia 8 de dezembro conferindo o início da temporada de neve 2007/2008 nos Estados Unidos.

Demorou um pouco mas a neve começou a cair forte, foram 86 cm (34 inches) na última semana. Vejam o vídeo dessa segunda-feira:



Seremos eu, Leo, Fabiano, Mauro, Albano, Marcos e Georgeana, um time e tanto. Acompanhem aqui os relatos diários da viagem, vai ser muito maneiro!

Abs,
Johnny.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Esquinaveia 2007 em Las Leñas


ESQUINAVEIA


LAS LEÑAS 2007

01 a 10/09/2007

Embora a neve não tenha ajudado, e apesar da névoa no Aeroparque, da greve da Aerolíneas no dia do retorno, e de algumas reclamações sobre a organização, a viagem do ESQUINAVEIA para Las Leñas em setembro foi 10, muito legal mesmo!

Dessa vez o grupo não viajou todo junto. Ratão, Dunaev (vulgo Dananeve), Neco e o Alessandro, nosso fotógrafo cozinheiro, foram na última de agosto e emendaram na primeira de setembro. Ao invés da nossa tradicional temporada extendida, o que rolou dessa vez foi a antecipada! Mas é só para quem pode, esse povo que não trabalha e tá com alguma plata sobrando! O Babalu e seus comparsas foram nesse trem de agosto, mas só ficaram uma semana. As patroas não liberaram a viagem com a galera.... rsrsrs.

Eu (Pípou), Bruno, Flávio Casila, Dedê e Marquinho decolamos do Rio (uns meio no perrenhe, com milhagem da VARIG, eu e o Bruno pela Aerolíneas) na quinta, dormimos num albergão, onde já estavam o André e Soraya, em lua de mel (é melhor garantir enquanto não se está cansado... rsrsrs). Na sexta, demos um rolé em BAires pela manhã, enchemos o bucho no Siga la Vaca, e pegamos um Buzum para Las Leñas no fim da tarde. A viagem foi tranquilex e olha que só conseguimos pegar as cadeiras de 165º. Se comprássemos as passagens com mais antecedência, poderíamos ter viajado no coche cama, 180º (muito bom, voltamos nele). Tinha até jantar a bordo, com rodomoço e tudo, além do inesquecível Bingo Andesmar!!! Chegamos no sábado pela manhã, descançados, e prontos para iniciar os trabalhos.

O resto do grupo, uns 30, sei lá, incluindo a galera de Sampa, decolaram sábado de manhã. A conexão para Mendoza, porém, não saiu, por causa da neblina, e o grupo só chegou na montanha no Domingo à noite, depois de 6 horas numa van (transfer de Mendoza-Las Leñas). SUPER PERRENHE!!! Conclusão: quem foi de ônibus esquiou dois dias a mais..... rsrsrsrs!


Os que foram na temporada antecipada (21/08) aproveitaram a montanha com uma condição de neve muito melhor, porque pegaram a nevasca da terceira semana de agosto.... a última, ao que parece. Depois, não nevou nem um centímetro. O vento atrapalhou um pouquinho, especialmente no dia que fez parar a Vulcano, deixando o resto da estação com muitas filas. As demais interrupções foram momentâneas, salvo a que deixou o Bruno preso no lifting da Vulcano das 16 às 17, congelando. Será que estava ruim para ele??? rsrsrs.

A macharia do snowboard compareceu em massa na viagem, salvo pelo nosso amigo Johnny, que ficou no Rio acompanhado sua mãe, com problemas de saúde. Mas fiz questão de mandar o seu, o meu, o nosso lema: "VAMU ANDÁÁÁ" . Tivemos ainda o reforço do Marquinho no time da elite (o garotão do Flávio), garantindo as gargalhadas, junto com Casila 1 e 2. Aliais, os caras fazendo a dança do boneco do posto era impagável!!!

Continuando com os créditos, a galera que era iniciante há um ou dois anos atrás, Chicão, Dê, Aluízio, Bruno... todos estão mundo mandando ver nos bowls, com a galera. O Alessandro, nosso fotógrafo legalize, voando nas pistas, nem parecia estar na sua segunda temporada, pelo menos era o que ele disse. Acho que era caô do cabra. Pena foi o Marrentino estar enrrolado com o trabalho e mal aparecer nas pistas.

As meninas do esqui de sempre também compareceram, embelezando a montanha, agora com adesão de algumas novas caras (Mônica, Natália, Alessandra, etc.). Também engrossaram nossas fileiras algumas esposas mais ciumentas (Cristianne, Leoni e Luciane) que resolveram dar uma incerta na montanha... rsrsrs.

A mulherada mais calejada também está evoluindo no esqui. Ninguém mais quebrou perna, ninguém mais atropela ninguém. Kirsten enfim resolveu tentar uma vermelha. Soraia nem quis mais saber de seu instrutor bonitão. Já a Marcinha não mudou nada: continua mais assídua na night do que na pista, mas mandando ver. Das meninas que fizeram o debut, só vi a Cris, que foi muito bem. Também pudera, com o Marcelo do lado, com um chicote na mão!!!

O Dunaev e Paulo, que embora não sejam exatamente meninas, pelo menos até que se prove o contrário, ainda mantém esse hábito estranho de deslisar pela neve segurando não em um, mas em dois pauzinhos!!! E agora arrumaram mais dois amiginhos, o Lima e o Ronaldo. Daqui a nada teremos uma subdivisão cor de rosa no Esquinaveia.

Sobre a estação: não recomendo Las Leñas para quem quer aprender a andar, nem de esqui, nem de snowboard. Só tem uma pista verde muito fácil, praticamente plana. A segunda em dificuldade já é uma azul. Para os iniciantes, recomendo Chapelco. Também não me parece muito interessante para os esquiadores experientes, porque há poucas pretas, salvo os que gostam de um fora-de-pista. Para os intermediários, há boas opções de pista.

O snowboard, no entanto, está bem servido. O terreno de Las Leñas parece ter sido forjado sob encomenda. Não há muito espaço, mas o pouco que há é sensacional. Ficaria ainda melhor se houvesse neve, o que não foi o nosso caso. Ainda assim, foi muito bom deslizar pelas 4 valas da Vulcano, e pela, ainda que um pouco mais modesta, da Netuno. Para mim foi uma vitória encarar a Plutão (especialmente na segunda, quando ela não estava ice... quase morri na quinta-feira). Foi ótimo pegar a Mercúrio na metade, por de trás da saída do lifting da Vulcano (feito que mereceu a pulserinha verde, distinção máxima concedida no pico). Seria bom se as condições de neve permitissem pegar a Mercurio lá de cima. O snowpark não é lá grandes coisas, mas é muito melhor do que o de Chapelco.

Elogios para a qualidade da neve: mesmo ficando duas semanas sem nevar, a neve estava numa condição bem razoável. Se fosse em Bariloche... teríamos meia dúzia no hospital. Já os serviços de Las Leñas!!! Péssimos. Liftings velhos e lentos, sinalização precária, grooming fraco. Nem as rampas do snowpark recebiam manutenção adequada... e eram somente duas. Além disso, tudo é caro: comida, aluguel de roupa e equipos, instrução. Não vá a Las Leñas se não tiver equipamento próprio. Internete??? Isso não existe. Não chamo aquele padrão de conexão de internete.

Mas é sempre muito bom ficar junto à estação e poder ir à pé para a montanha. Ganhamos uma hora a mais no dia para curtir e descançar, sem falar do estresse que é combinar hora para subir, para descer, grupo para o taxi. etc. Até para quem gosta de uma noitada, é bom estar pertinho. Dos aparts até a pista, a caminhada não durava mais do que 5 minutos. Há também hospedagem em hotéis (mais caros, bem mais caros!) que oferecem ski in out, mas é bom ter cuidado: no Aires, por exemplo, você precisa ser esquiador intermediário para usufruir desse benefício.

Em meu quarto, ficamos eu, Neco, Marrentino, Alessandro e Bruno. Como a comida é cara, praticamente todo dia comíamos em casa. Macarrão com alguma coisa, em regra, fora um dia em que o Alessandro, nosso chef, fez um risotão de entulho. Tinha também o sopão (knor) que eu fazia no après ski. As instalações de nosso apê era bom. Alguns ficaram menos bem instalados um pouco. O Chicão, por exemplo, teve que dormir num beliche com a patroa. Sorte a dele que arrumou uma boa desculpa para não ter que cumprir suas obrigações, depois de um dia cansativo esquiando. O convívio no quarto, o que nem sempre é fácil, foi 10, salvo pelo companheiro que insistia em peidar dormindo, pelo companheiro que só tomava banho sob pressão.


Tinha alguma night por lá, mas dela não tomei conhecimento, para variar. E não estou falando isso não é para agradar a patroa (que desta vez não pode ir). Como normalmente abro a pista às 10:00 e esquio o dia inteiro, tirando no máximo 15 minutos para um sanduba, fico muito cansado e não costumo sair, salvo para um jantar ou uma cervejinha no quarto da galera, para fazer um pré-night. Meus 40 anos já me pesam sobre os joelhos, que, diga-se de passagem, quase me faltaram no último dia. Fala aí, Ronaldo (Lomelino)! Segunda tô batendo no seu consultório.... rsrsrs. Mas, ao que me consta, o pico da noitada é o Ufo Point, diga-se de passagem, é suguramente mais interessantes para as moiçolas (não é verdade Marcinha???) do que para os meninos, pelo menos foi o que constou dos relatos que me chegaram... Homem não pega ninguém, parece viagem do Casseta. Depois de algumas poucas temporadas, uma coisa posso afirmar: esporte de inverno é coisa de macho, embora tenha também o pessoal do esqui.


No sábado, tirando uma meia dúzia de securas que quiseram esquiar até a última gota, a grande maioria da tropa preferiu sair pela manhã, para poder fazer uma desgustação de vinhos em San Rafael, na bodega do Sr. Alfredo Rocca, Alfredito para nosotros. Eu falei degustação? Não foi bem assim. Foi uma verdadeira cachaçada, sem precedentes, nem moderação. Cuspir o vinho degustado??? Tá maluco? Tinha gente derrubando duas ou três botellas. E o Alfredito??? O coroa é uma figuraça, encheu a cara também. Além de uma mesa modesta de frios (o gorgonzola acabou num flash), fomos brindados com o showzinho de uma dupla de tango nota 10, um violão e um acordeon que pareciam uma orquestra. Exagerei? Pode ter sido o álcool. Foi tudo muito legal, menos para o motorista. O resultado de nossa aventura etílica: o ônibus chegou em Mendoza com 5 cadeiras quebradas, depois de uma guerra de torcida entre a Raça e a Young Flu. Parecia saída do Maracanã. Claro que os tricolores apanharam... rsrsrs.

Mas, mesmo com pouca neve, a viagem foi ótima. Além de rever a galera das temporadas anteriores do Esquinaveia, é sempre bom ver as mulheres de nossos amigos debutando na neve (compania em potencial para a Claudinha... rsrsrs), além de conhecer novas caras que se integram ao grupo. E o que não falta na trupe são figuraças e gargalhadas.
Agora é ver as fotos e os vídeos que nosso snowboardista alucinado e profissional de imagem de plantão está editando. Alessandro muito provavelmente irá faturar um milhão nas nossas costas.... mas não vendendo as fitas para nosotros, e sim para o Faustão. As fotos das meninas peladas brincando de guerra de neve foi censurada e não poderá ser exibida nesse blog. Mas fiquem tranquilos que as enviaremos diretamente para a Geografic Nacional.

A propósito, a filmagem que a Val fez da galera do snowboard fazendo a dança do siri (com prancha nos pés!) está impagável, embora a qualidade da filmagem não seja lá essas coisas, já tinha pouca luz. À esquerda, a foto. Se for possível, colocaremos o link.

E só para registrar: VALLE NEVADO 2008!!!!!



Pípou

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Bariloche: Pra finalizar...

Realiza comigo, foram sete dias de neve, emoções, confusões, brigas e muita alegria. Nesses sete dias foi possível entrar em contato com um mundo completamente diferente, uma visão que a muito eu não tinha do que podemos chamar de essência da vida. Viajar não é tão somente enfrentar o atual medo de subir em um avião e aplaudir a sua aterrissagem com sucesso. Mais que isso, é viver o novo, ainda que você vá para o mesmo lugar de sempre, mesmo ali haverá alguma novidade.

Foi dessa forma que encaramos esses sete dias, os quais vou fazer uma passagem rápida por cada um deles, de forma que os dias em que eu deixei de postar por conta da tendinite que arrumei em Bariloche sejam contados aqui e agora nesse post um pouco maior que normalmente.

No primeiro dia, não deu para fazer muita coisa, ficamos na cidade e resolvemos algumas coisas, fizemos câmbio, essas coisas e tal. No segundo dia sim, esse foi o dia! Fomos para a estação, dia lindo, muito sol e neve! Alugamos o equipamento, mas como já estava meio tarde, a galera não quis fazer instrução, foram direto pra uma das pistas da base para entender como tudo aquilo funcionava. Estabacos, muitos estabacos... E os malucos resolveram subir o Amancay, subimos, mas poucos desceram na prancha. Eu confesso que fiquei amarillo, estava com medo de fazer alguma "m" e acabar com a festa logo no começo dela. Desci com a prancha no ombro... =/ A parte boa é que no final do dia começou uma nevasca violenta...

No terceiro dia, o grupo se separou, eu fui atrás de instrução, não dava pra seguir adiante sem. Pelo menos não para mim. E ai sim comecei a aproveitar de verdade. Depois de quase quatro horas de aulas, o instrutor já me dava dicas de freestyle, tirei umas manobrinhas básicas mas fiquei com gosto de quero mais... Enquanto isso o resto da galera ficava presa no alto do Cerro por conta da nevasca que começou no final da tarde. Mas foi tranquilo, os caras sairam bem dessa. =)

No quarto dia uma surpresa (ou não), muita nieve! Muita mesmo! Segundo os informativos foi a maior nevasca da temporada. Nesse dia acordei eu e o Greg bem cedo, quando saímos do hotel, ainda caia muita neve na cidade. Chegamos no ponto de ônibus e todos os ônibus para o Cerro estavam parados, depois de quase uma hora, liberaram os ônibus mas só colocando as correntes nos pneus. Sinistro... Chegando no Cerro, nada de pistas liberadas. Todas as pistas superiores estavam fechadas. Eu tinha uma aula marcada, mas foi cancelada. O instrutor passou para o outro dia, o maneiro foi que eles ligaram pro hotel para avisar, serviço de alto nível, quem sabe um dia cheguemos a esse nível no Brasil. Mesmo assim aproveitamos bastante, subimos muito, fomos até o segundo pico mais alto da montanha. De lá pra baixo só festa!

No quinto dia, mais um dia de instrução, subimos para o alto da montanha de novo, e vim descendo com o instrutor aprendendo melhor as técnicas sagazes do snowboard. Nenhuma novidade, muita coisa parecida com a primeira aula, mas correção de postura e outras dicas foram de grande valor. Depois que subimos e descemos a montanha umas três vezes, acabou a aula. Fui encontrar com a galera, e depois subimos de novo a montanha, o engraçado dessa viagem é que só dava sequelado. Nego fazia tudo, inclusive o que não podia. Em determinado tinha uma cordinha com aviso de "No trepasse" ou qualquer coisa parecida, os caras "trepassaram"... haha Pior de tudo é que descobriram uma pistinha rápida e muito bacana, o lance é que era um mega penhasco do lado e que caia em um riacho que provavelmente estava frio... Enfim, foi engraçado depois...

No sexto dia, só curtição, fizemos umas filmagens, depois eu coloco no youtube. O Allan me atropelou em um determinado momento lá, xinguei até a oitava geração dele... Mas tranquilo, passou, depois ficamos rindo da situação. Esse dia foi especial, lembram da pista que desci a pé? Pois é, botei pra baixo nela, na frente dos muleques. Essa pista era a pista preta do Amancay, neurótica a pista. Depois eu descobri que os caras não haviam descido ela, foram pela azul, ou seja, eles também ficaram amarillos. Não foi só eu. hahaha

No sétimo dia, ficamos na cidade comprando presentes, resolvendo as últimas coisas e preparando a volta pro Brasil, no final das contas para a nossa primeira snowtrip, foi irada! Esqueci de falar que no primeiro dia eu cai duas vezes em cima do meu pulso direito. E, ainda hoje (14/08/07) estou sentindo dor. Essas quedas desencadearam uma tendinite e estou digitando esse texto a toque de catador de milho, saca? Uma letra a cada cinco segundos. Mas enfim, em respeito a vocês que ficaram acampanhando essa aventura. Muito obrigado pela atenção, paciência, e pelo espaço. Galera do SnowAdventures, nos vemos, quem sabe, em Utah para mais uma snowtrip! Valeu!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Bariloche: Terceiro dia frenético!

Fala galera, chegamos ao terceiro dia! O mais alucinante até agora... No primeiro não rolou nada, no segundo só 'estabaco' e finalmente no terceiro dia instrução. Pelo menos para mim que fiquei amarello e não subi a montanha com o resto da galera (eles são loucos). Bom, resolvi ficar na base, catar um instrutor e aprender de fato a fazer alguma coisa interessante.

Dito e feito, fui na Extreme (dica da galera do fórum) e contratei uma aula exclusiva, 3 horas e meia de instrução, e segundo o instrutor (Mariano) eu evolui muito bem, no final da aula o cara já estava me ensinando a fazer ollie, 180 baixinho e outra parada lá que não lembro, e já estavamos indo para um nível. Sei que no final, aprendi a andar até de goofy... Com muito pouco estabaco! O dia estava muito bom, nevava bastante, no final do dia rolou uma verdadeira nevasca, a neve dava literalmente uma surra em que não se protejesse... Mas foi maneiro!

Já os muleques, foram "machos" e subiram a montanha, pegando umas pistas sinistras (vermelhas e pretas) e o saldo? Um deles foi atropelado por outro (andando em duplas), são 23:34 e os muleques foram pro hospital fazer uns pontos na perna do Fábio (a vítima) que está com um 'rasgo' de 3 cm na canela... Sem noção... Já dizia o "deitado popular": Melhor um covarde vivo, de que um corajoso morto! rsrsrs... Enfim, fiquem tranquilos, o rapaz está bem e amanhã, certamente, já está na montanha de novo! (Seguro de saúde em viagens é o que há! Contratem sempre!)

Amanhã já reservei mais uma aula, mais três horinhas para sair da base na sagacidade! E se continuar evoluindo assim, ano que vem venho com os snowboards sinistrões do SnowAdventures! Me aguardem! rsrs...

Por hoje é só pessoal

domingo, 5 de agosto de 2007

Bariloche: Cá estamos nós...

Fala galera!

Chegamos em Barila ontem de tarde, não rolava mais subir pra estação, ficamos na cidade resolvendo várias pendências (câmbio, roupa, equipo, etc). A galera fez uma night e voltaram tarde para casa, como resultado, chegamos atrasados na montanha. Eu ainda não consegui fazer as aulas de snow, mas como imaginei, já desci algumas pistas de iniciante sem muita dificuldade e com poucos tombos.

A base lembra a de wakeboard, mas para freiar é bem diferente. Senti alguns músculos daqueles que ficam parados e acabam doendo quando colocamos atividade neles, e ainda estou com alguma dor. De qualquer forma, aconteceu o que eu havia previsto, me apaixonei pelo esporte e pelo jeito ainda vou descer muitas motanhas na vida!

Está valendo a pena cada minuto dessa viagem. Só tem gaiato no grupo (somos cinco) e é muito engraçado negociar com os argentinos, os caras são sagazes, mas carioca (e agregados) são espertos e malandros. Quando usam a esperteza até que dá certo, já economizamos 10 pesos em locação de equipamento. Parece pouco, mas paga o busão e ainda sobre um trocadinho pro chocolate quente.

Até agora, todas as dicas que pegamos com os caras da SnowAdventures estão dando muito certo. Vamos continuar seguindo todas, com certeza. Logo mais vou postar fotos no Flickr e disponibilizarei o endereço por aqui.

Galera, desculpem não ter postado antes, mas não deu, meu laptop não curtiu o wi-fi do hotel e fiquei sem acesso, estou usando o laptop do Allan que veio conosco. Quebrou um galhão. Valeu galera, recomendo snowtrips para bariloche se vc é iniciante, infra-estrutura excelente, diversas opções, muita gente (do Brasil tem muitas) e uma montanha gigante, com opção para todos os gostos (ao que me parece). Um abração para a galera do Brasil, saúde e paz!

sábado, 4 de agosto de 2007

Embarcando daqui a pouco para Barila

Fala ai galera!
Aqui quem vos escreve é Rodolfo Figueira, é a primeira vez que vou fazer uma snowtrip e conheci o Johnny e a galera no SnowChopp, depois disso o Johnny perguntou se eu não estava afim de colaborar com o SnowAdventures e concordei na hora. Bom, aqui vamos nós... A mala está pronta, pelo menos a mochilona, agora falta as menores, e como estou tomando um fôlego para voltar pra arrumação, resolvi escrever.
O Johnny teve a idéia de me convidar para colaborar depois de ver o blog que eu criei para registrar essa viagem. Se der, por favor, passem lá! :P Aproveito pra agradecer o cara, que foi muito gente boa e deu altas dicas pra galera novata. A galera novata: Allan "Klaudius", Gregory, Thiago Big, Fabio, Rodolfo (PG). Até chegar aqui foi uma longa história, mas resumindo, um dia o Allan me ligou convidando para ir para alguma estação de esqui na América do Sul, para praticar snowboard, na hora topei, até porque já vinha pensando nisso há algum tempo (falei sobre isso no meu blog, não vou me alongar aqui... =D).
Depois disso, começamos a agitar os pacotes, buscar informações, e em pouco tempo tudo estava praticamente certo. Aproveitamos para conhecer a galera e fomos no chopp, onde conhecemos as figuras Johnny, Marcio, Ronaldão e Igor. Os caras encheram nossa bagagem com altas dicas, anotamos tudo no cartão sagrado do Ballantine's e o mapa da montanha ou dos lifts no guardanapo precioso do Informal... rs Afinal, as grandes idéias e as informações mais importantes circulam em meios não tão pomposos...
Enfim, são 1:06 do esperado dia 4 de agosto, estaremos partindo, se o caos aéreo permitir, amanhã por volta de 10 da manhã. Dessa forma, darei notícias já de Bariloche. Como fui auto-encarregado de fazer o registro da trip, to levando um equipo pesado pra fazer umas fotos e quem sabe uns videozins pra galera. É isso aí! "Vai nevar e Pronto"!! haha

sábado, 28 de julho de 2007

Despedida de Chapelco


Sábado de manhã acordamos muito cedo, para poder chegar em Bariloche cedo, a tempo de fazer alguma coisa. Antônio Pedro e Patrícia foram votos vencidos. Eles queriam dormir mais um pouco.

A las 6:00 em punto, Jorge, nosso motorista, estacionou a van na pousada. Estava tudo escuro, além de muito frio. Embarcamos, sem atraso, e seguimos pela rodovia, todos dormindo, ou tentando dormir.

Em Bariloche, cada um foi para um lado. Eu fui procurar umas botas novas, que acabei não comprando, pq estava caríssimas. Aproveitei para bater ponto no supermercado e comprar meio quilo de hongos secos, salmão defumado e umas garrafas de vinho. As meninas querem ver a loja da Puma, que faz muito sucesso, mesmo fora de promoção.

E não podíamos deixar de tirar umas fotos no Centro Cívico e dar uma olhada nos São Bernardos dopados que tiram fotos com a turistada.

O almoço foi no tradicional Boliche do Alberto: sensacional para variar, apesar da coroa ser durona com as mesas e a Patrícia ter derrubado (ela jura que foi sem querer) vinho na Claudinha.

Fomos para o Aeroporto e tivemos uma ejaculação precoce, nas palavras do Gabeira. O atraso foi só de 3 horas. O pior foi quando chegamos em São Paulo, já que a tripulação anunciou que não poderia seguir para o Rio em razão do excesso de horas voadas naquele dia. Mas isso não foi problema para agente, porque nós tínhamos a Patrícia no nosso lado, nossa Pat Chica, que nos liderou em um motim: a revolta dos passageiros. Foi tanta confusão, gritaria, que eles acabaram por nos levar para casa, com medo que fóssemos destruir o avião, já que nos recusamos a descer para o saguão de embarque.

Bem, ficou a saudade de uma semana fantástica, apesar do vento e da Gol. Todos adoraram, o que foi um surpresa, porque, tirando eu, o Neco e as crianças, todos tinham ido dar uma esquiadinha sem compromisso e queriam tirar um ou dois dias para passear pela região. Conclusão: todos esquiaram todos os dias e, quando acabou, ficaram com gosto de quero mais, achando que foi pouco tempo. É o snowvírus fazendo novas vítimas....

Pípou

sexta-feira, 27 de julho de 2007

5º dia de esqui em Chapelco


Enfim desligaram o ventilador super-fan Tabajara. A montanha ficou toda aberta o dia todo. A neve não estava 100%, mas depois das 11:00 já dava para andar.

Ao lado, foto da festa surpresa, com bolinho, chapelzinho, etc. Só faltou a língua de sogra!

Como era o último dia, não dava para perder tempo. Eu queria muito que a minha mulher e as meninas fossem ao snowpark ver agente dar uns jumps. Para isso, elas teriam que estar em condições de fazer o caminito de acesso, que é azul, e, o mais difícil, desembarcar da Silla Graef, cuja chegada não é suave como a nova quádruple (Rancho Grande). Para isso, coloquei as três para ficar rodando non stop na Silla 63, para treinar o desembarque e perder o medo de fazer curva. Deu certo. Fizemos o prévio reconhecimento do caminho e vimos que ele estava nevado, o que facilitaria o acesso. Subimos, eu e o Neco, na frente, descalçamos as pranchas, e ficamos a postos, do lado da saída da Graef, para caso de precisar ajudá-las. A Ana Cláudia, coitadinha, perdeu um dos pés do esqui na subida, e teve que desembarcar capenga, mas até que se saiu muito bem. Infelizmente não podemos dizer o mesmo do cara que ele derrubou na saída!!! Claudinha e Ângela não tiveram problemas técnicos e tiraram de letra. Fomos então para o Park, sem traumas. O Pedrinho largou os pais, o Tony Peter e a Pat Chica, e foi conosco. Grande responsabilidade, porque o moleque não tem medo de nada. Até quis pular. Fiquei orgulhoso de ver a patroa e as meninas andando direitinho, na cunha, fazendo as curvinhas. Meu primeiro salto saiu direitinho, mas o segundo... deixa pra lá. Acho que foi a pressão da torcida!!! O Neco fechou a seqüência com 100%. O Luizinho amarelou e não quis pular. Grande bobagem, porque ele já tá pulando direitinho os morrinhos e desníveis da pista. Mas tudo ao seu tempo, não?

Saindo do Park, deixamos as meninas no 1600, que queriam procurar o Gonzalo, para que pudessem se despedir, especialmente a Luizinha, que suspirava ao ouvir o seu nome: o amor é lindo...rsrs. É fato que a fama de corno me acompanhou a viagem toda, mas tenho certeza de que foram só boatos maldosos da galera.... rsrsrs. Aliais, pelo que ouvi do Gonzalo, recomendo a todos, inclusive aos muito ciumentos, especialmente a todas as mulheres carentes e desamparadas que queiram dar seus primeiros passos no esqui. Ele é muito paciente e atencioso. Fujam do Tomás, aquele que rebaixou as meninas de turma, que não tem a menor condição de dar aulas a iniciantes.

Subimos para o 1700 para pegar o palito e descer na Vala. O Luizinho estava amarillo, mas fizemos grande pressão e ele acabou indo. Conclusão: gostou tanto que queria voltar. Aí foi fácil convencê-lo a subir a Silla Mallin para o Cerro Teta, e descer a Cañadon. Conclusão: gostou tanto que queria voltar. Logo depois se juntaram a nós o Marrentino (Marcelo, o nosso Cláudio), o Cláudio e um colega dele. Pode até ser que desse contado do Cláudio com o Marrentino saia algum projeto conjunto.

Mas o dia estava acabando, e preferimos ir à Pradera del Puma, e tentar a Del Patrulla, mas a neve estava meio dura e a pista cheia de bumps. Preferimos descer pela Del Mocho, ou seria a Basaltos? Fiquei na dúvida. Fiquei feliz de ver o Luizinho andando nas double black, vencendo esses desafios da montanha. Lembrei de uma colega do trabalho que me disse ter ficado contentíssima de ter ido à Pradera na sua primeira (e única) temporada há alguns anos atrás, o que foi realmente uma grande proeza. Deve ser a mesma sensação do primeiro jump. O bom de ir a Pradera del Puma é poder fazer o downhill da Panamericana... e vencer o tobogã, é claro, não é mesmo Neco???? rsrsrs.

À noite, a Claudinha, com a cumplicidade de todos e contando com a minha ingenuidade, preparou uma festinha de aniversário surpresa na cabana, com velinha no bolo (não as 40, que ocupariam muito espaço), bolinhas que a Luizinha enchia como os suspiros de cada lembrança do Gonzalo, chapeuzinho, canapés, cervejinha.... Fiquei surpreso e emocionado. Me enganaram direitinho.

Após, fomos fazer as malas, porque no sábado, às 6:00 hs da manha, nosso a toda prova motorista oficial e dublê de guia turístico, galã de novela mexicana e comediante, o Jorge, grande figura, nos pegaria de van para nossa última etapa: passeio pelo centro de Bariloche, almoço no Boliche do Alberto (carneiro e bife de chorizo inigualáveis), e o regresso, se é que o nosso vôo da Gol se confirmaria.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

4º dia de esqui em Chapelco

Hoje foi nosso pior dia na montanha. Depois de três dias de powder, ainda que com vento, um dia de ice, muito vento e filas, especialmente de manhã. Até a Silla Rancho Grande, a nova quádruple, estava parada, ou funcionando lentamente. Com boa parte da montanha fechada, a espera era grande. Só depois das 14:00 é que a neve ficou melhor e o vento deu um descanso.

Fomos então para o snowpark arriscar uns saltos. Como logo depois o palito se habilitou, pegamos a travessia da Pradera, e, com uma pequena caminhada, fomos fazer a vala, na continuacão da Cañadon, que estava com ótima condição de neve. Lá pelas 15:00, a Teta (silla Mallin) abriu. Fomos então eu e o Marrentino percorrer a Pradera del Puma. Sem querer, pegamos um caminho errado e caímos numa pista alucinante, a Del Patrulla (ao lado da Norte), bem íngreme, e que estava com um bom powder. O Neco se rendeu à pressão do Luizinho e não subiu. Perdeu a melhor descida da temporada. Alucinante, nas palavras e no sotaque do Marrentino.

As meninas hoje estavam preguisosas e quiseram descer mais cedo para fazer umas comprinhas na cidade. Estavam tristes, porque as aulas com o Gonzalo haviam acabado. Até a Luizinha, ou seria melhor dizer: especialmente a Lulu, que não fez aula, estava triste.

O Antônio Pedro, vulgo Apê, continuou na aula com a Patrícia, mas o Pedrinho, nosso sósia do Shaun White, só pensava em dar uma fugida e detonar geral.

À noite fomos comemorar o meu aniversário no Paihuen (foto ao lado). Sensacional o lugar. Muito chique. Bem diferente dos pés sujos que costumo a freqüentar. E tinha uma bela vista do lago, porém, à noite, só se via o escuro. A comida, os vinhos, e os precos, que nao eram caros. Alguns optaram pela degustação de 5 pratos, tipo que se vê em televisão, aqueles pratos pequenos, todos decorados... nouvelle cousine (sic) e cinco vinhos de qualidade, da Navarro Correas (90 pesos). Outros pediram a la carte. O que importa é a companhia e as fotos. O Cláudio deu o ar da graça. Pena que o Maurício não conseguiu ler a tempo o recado no forum.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

3º dia de esqui em Chapelco

Ventou muito o dia inteiro. O Cerro Teta ficou fechada o dia todo. Da parte alta da montanha, só o Filo abriu ocasionalmente. A silla Rancho Grande, a nova quádruple, que só abriu às 12:30, andou lenta boa parte do dia. As filas, portanto, ficaram enormes e desorganizadas, no bom estilo latino americano.

Aproveitamos, então, para ir ao snowpark, modesto, com um salto pequeno, dois rails e um meio half-pipe. Demos 4 jumps, porque nao é fácil ter que caminhar até a cabeceira, montanha acima, para cada nova tentativa. O Neko saltou bem. Eu cai no primeiro, enganei no segundo, e acertei os dois últimos. Ainda falta perder o medo e deixar a prancha embalar. A velocidade é sua amiga, lembre-se disso. O Marrentino se quebrou todo!

As meninas fizeram a última aula com o professor e projeto de galã, Gonzalo. Dessa vez conseguiram descer o caminito, passando pelo restaurante El Balcón, onde almoçaremos um vacio amanhã. Estão até mesmo arriscando um zig zag na 63. Fiquei orgulhoso da Claudinha, minha esposa na versão esquiadora.

O Antônio Pedro e a Patrícia continuaram sumidos... O Pedrinho, que levou um jeitão para o esqui, sumiu de novo, porque não tem paciência de acompanhar os seus pais. Mas ele sempre aparece: menino inteligente e gostou do esporte. Essa é a família fantasma!

Encontrei o Cláaudio, da Overtravel, com a filhinha. Gente fina. Depois, topei com o Maurício, meu colega do forum, que estava orgulhoso por ter levado a esposa na Italianos, e demos mais um rolé. É também o meu sonho de consumo.

À noite fizemos uma macarronada aqui na cabana e nos divertimos bastante, animados por algumas botellas de vino. Amanhã comemoraremos meu anversário no Paihuen, um restaurante alucinante, no começo do caminho para o Cerro, com vista para o mar, digo para o lago.

terça-feira, 24 de julho de 2007

2º dia de esqui em Chapelco


Hoje acordamos descansados. Ontem, eu e o Neco nem saímos para jantar. Estávamos pregados.

Chegamos na montanha por volta de 10:00. Ao lado, nossa foto, nas boas vindas a um novo dia de esqui.
Havia nevado de noite. Tivemos pela frente mais um dia de powder. Mesmo durante o dia nevava, pouco, mas o suficiente para cobrir as trilhas dos esquiadores. O vento hoje é que nao deu descanso. O Filo e a Teta ficaram fechados quase todo o tempo.

O Antônio Pedro sumiu de novo. No final da tarde ouvi ele no rádio procurando pelo Pedrinho, que também tinha sumido. Amanhã vou tentar achá-los na montanha, só para conferir.

As meninas (na foto ao lado, subindo na Gôndola) treinaram no curralzinho pela manhã. À tarde voltaram para a escolinha, numa classe abaixo da iniciante, por recomendação do Tomás, o professor carrasco do dia anterior, que fez questão de dizer que não queria mais dar aula para elas. Com o novo professor, o Gonzalo, elas evoluiram muito, tanto que a Luizinha achou que elas poderiam descer o caminito verde. Isso era coisa de 16:30. Às 18:30 elas chegaram na base, caminhando, com os esquis nas costas....

Grata surpresa ter encontrado o Maurício, o colega do forum. Andamos juntos um bocado, até que o levamos lá para a vala, do final da Cañadon. Acho que ele ficou um pouco preocupado no primeiro momento, mas, uma vez superado o cullo cerrado inicial, foi só alegria. A Vala estava puro powder. Era tanta neve que chegava a atrapalhar (brincadeirinha...).

O snow park estava fechado. Pelo visto, deve ser como o do ano passado, duas rampinhas, dois rails e um meio-half. O Maurício agradeceu por não precisar arriscar uns tombos. Amanhã vamos conferir e tentar não quebrar nada.

Todas as descidas estavam bem servidas pelo powderzinho lateral, permitindo pequenas investidas no bosque, contornando uma ou duas árvores, porque não somos malucos. Chato são as inevitáveis encalhadas, porque não somos professionais.

E amanhã tem mais!!!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Notícias de Chapelco

Pessoal, o Pípou e o Nekko já estão em Chapelco, mas ainda não escreveram os relatos porque tiveram problemas com o vôo e só conseguiram chegar em Chapelco no domingo à noite. Segue o email que recebi do Nekko. Nos próximos dias teremos notícias da galera direto de Chapelco.

"Caraca!!!!!! Ainda bem que não desisti da viagem.... tá muito maneiro aqui!!!!! Tá nevando há 10 dias... tudo com neve, hoje fez um daqueles dias de snow... neve powder, todos os meios de elevação funcionando, o sol deu as caras e esquiamos muitooooooo..... amanhã vi ser showwwwwwww!!!

Abs e bjos!!!
Nekko (Muito felizzzzz... rsrsrs)"

1º dia de esqui em Chapelco


Depois de uma viagem conturbada e cansativa, acordar segunda-feira de manhã não foi fácil. O despertador tocava e a vontade era de jogá-lo pela janela. Mas a montanha nos chamava!

O primeiro dia de viagem é sempre uma confusão. Alugar roupa e equipamento, retirar o passe, tudo isso leva tempo. A propósito, o modelito que a Ana Cláudia e a Ângela escolheram estava um arraso. Jaspion deve ter morrido de inveja... rsrsrs. Às 11:30 estávamos chegando ao Cerro Chapelco. Antes tarde do que mais tarde.

Antônio Pedro sumiu. Alias, acho que ele deve ter um problema com o relógio. O Neko foi andar com os filhos. Eu fui tentar dar uma aulinha de esqui introdutória para a Claudinha e para as meninas. Aquela coisinha básica. Aprender a apertar as botas, colocar os esquis no pé, parar na montanha na perpendicular, fazer a cunha... E olha que minha experiência nos esquis se resume a meros 5 dias em 2001. Às 14:00 elas foram para a escolinha ralar. Elas vão fazer o pacote de 3 dias de aula coletiva, 263 pesos por cabeça. É caro, mas vale muito a pena.

Como me restou pouco tempo, fui andar sem comer nada. A neve estava ótima. Powder geral. O sol, salvo por alguns instantes, não deu as caras, ao contrário do que o Neko relatou. A visibilidade não estava grandes coisas, o que prejudica a percepção da profundidade, mas ainda assim a parte alta da montanha ficou aberta por algum tempo.

Neva muito. E, surpreendentemente, a neve está leve e seca. Chegamos em casa secos. Nem precisamos botar as botas, luvas e roupas para secar. Quase deu para esquecer o perrenhe da viagem.

À noite nem sai para comer. Estava indisposto, com dor de cabeça (de fome?), febril, com um pouco de insolação. Claudinha fez um macarrão à bolonheza e pronto, fomos dormir.

domingo, 22 de julho de 2007

Caos Aéreo

Ao lado, foto de nossa torturosa espera nos saguões dos aeroportos brasileiros. Eu arrumei logo um jeito de descansar. Peguei uma caixa de papelão do Duty Free e fiz o carrinho de trono.

Nossa viagem, em resumo:

Fizemos o check in às 9:00 h, do dia 21/07, no Galeão, decolamos para Sampa às 17:30, chegamos no hotel (Maksoud Plaza da Av. Paulista, tudo pago pela Gol Contra!!!) às 21:00, porque cancelaram o voô para Bariloche. No dia seguinte, fomos para Garulhos às 6:30, com previsão de embarque às 9:00, decolamos às 14:30 (sem almocar), pousamos em San Carlos de Bariloche às 17:30, pegamos o transfer, chegamos em San Martin às 21:30 e fomos direto para o Ku comer um bife de chorizo. O Marrentino havia feito reservas. Mas a vontade era de dormir.

Foi horrível vivenciar aquilo que só víamos nos telejornais. É ridículo. Dá vergonha de ser brasileiro.

Pípou.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

O embarque é amanhã


Galera!


Esse é o relato do camarada Anderle:

Na foto, ao fundo, o vulcão Lanin (2006)!


"Tamu aqui em Chapelco. Snowtrip 2007, 17 cabeças ali de Floripa. Galera, a semana tá demais. Segunda-feira pegamos altos powder no out. Nevou uns 3 a 4cm. A montanha tá com uns 75cm na base e 1,5 no top. Terça a neve ainda tava muito boa. Ontem começou a gelar, mas hj... hj.... nevou arregado o dia inteiro!!!! Powder all afternoon!!! Demais. Las tablas e slalom tavam fechadas. A cadeirinha quádrupla na italiana tá muito boa. Rapidinha e sem fila. O pessoal que alugou as pranchas pagou 30 pesos por dia. Os bosques hj tava lindos... tudo branquinho!! Pista vazia e o fora de pista tava uma doriana!!!! Heheheheheh. Tá nevando hj e vai nevar mais amanhã. Seguinte, para quem tá em dúvida em Chapelco, pode vir. Tá demais!!! Ente Las Lenas, Valle, Colorado, Chillan, Pucon, Chapelco, Catedral, Bayo, fico com Chapelco e Las Lenas. Falow e... vai continuar nevando... e PRONTO!!"

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Tá chegando a hora!


Amigos!
A mala está pronta... ou quase. Tirei o mofo da roupa. Dei um trato na prancha. Remendei a bota (literalmente). Carreguei os radinhos e a bateria da câmera fotográfica. Tudo em cima, só falta o valcher.... Aluízio, cadê o valcher????

A esquerda, foto da pista Cañadon (2006).

A pesquisa está em dia. Venho acompanhando os reports a semana toda.

* Snow-forecast: sábado vai estar muito frio (-6ºc), o freezing level desceu para 950 m (bom!!!), tem nevado um pouco.

* Info do site de Chapelco (que não são muito boas, o que pode ser bom, pois a tendência é melhorar): 60 cm de neve na base (estava um metro na segunda); vento forte no cumbre, o que tem deixado a parte alta da montanha fechada; neve ice (arg!).
* outras fontes: nada de snowpark (droga!)
Todo mundo do grupo na pilha. Vai bombar!

domingo, 15 de julho de 2007

Chapelco

A quem possa interessar!

Dia 21 de julho embarco, com minha esposa e oito amigos, para San Martin de los Andes para uma semana de ESQUINAVEIA.
À esquerda, foto (2006) de um dos 7 lagos, não faço idéia do nome, entre Bariloche e San Martin de los Andes)

As espectativas são as melhores possíveis. É a primeira viagem da Claudinha (a patroa), e estou torcendo para que ela goste, assim vou poder contar com sua companhia em minhas futuras viagens. Espero que todos se contaminem com o snow vírus!!!

O Neko vai levar os filhos, Luizinha e Luizinho (quisera eu ter um pai esquiador quando criança...). A Ana Cláudia, uma amiga de muitos anos, vai levar a irmã, a Ângela. Além disso, uma colega do trabalho, a Patrícia, vai com o marido, o Antônio Pedro e o filho, o Pedrinho, aquele do banheiro... rsrsrs. Vai ser uma trip família!

A excitação é grande. As previsões de tempo são das melhores. Estamos hoje com quase um metro de neve na base e muito powder. Temos também uma nova silla quádruple desemgradable na Italianos, o que vai melhorar muito o fluxo de pessoas. Só o snow park é que, ao parece, não se confirmará.

O desafio esse ano é vencer a La Palla, o que implica conseguir subir naquele palito da Filo, que leva ao Cerro Escalonado. De resto, é cair para o Cerro Teta e descer pela Cañadon, para brincar de pipe na vala.

Mas não nos esqueçamos do bife de chorizo, dos chocolates, dos sorvetes, do crema de hongos e de sacanear os hermanos pela vitória do Brasil na Copa América.
Pípou

quarta-feira, 11 de julho de 2007

ChoppSnow

Hoje rolou mais uma edição do ChoppSnow semanal da galera do Rio, e mesmo com a chuva a galera compareceu.

Destaque para os vídeos do Saul de Valle Nevado, que deixaram a galera com mais sede de neve. O cara conseguiu inventar o snowboard noturno com lanterna!



Da esquerda pra direita: Rodrigo Cesar, Marcio, Ronaldão, Igor, Johnny, Godoy e Saul. O Mineiro foi embora mais cedo e não saiu na foto.

Semana que vem tem mais!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Caviahue: Volta pra casa

Esse último dia da viagem não teve snowboard mas definitivamente fez parte da aventura e merece registro. Depois de uma semana de sol total hoje de madrugada calhou de chover. Preparamos tudo para pegar a van às 2:30 de volta a Neuquén. O motorista da van não conseguiu subir para nos pegar no hotel e acabou ficando atolado na neve. Chegamos a Neuquén em cima da hora mas estava o maior nevoeiro e o aeroporto fechou. Dominamos a sala vip do aeroporto pra passar o tempo até pegar outro vôo pra Buenos Aires e, claro, perdemos o vôo para o Brasil. Mas o Tiago mandou bem e conseguiu hotel, táxi e jantar, e vamos poder descansar até pegar outro vôo de volta pra casa amanhã.

Isso é que é SnowAdventures!

Galera, valeu pela companhia, a snowtrip foi show. Conhecemos um lugar muito maneiro que a maioria dos snowboarders e esquiadores brasileiros ainda nem ouviu falar, mas que a gente está aqui pra divulgar. Caviahue tem snowboard e esqui para todos os gostos.

Em breve vai ao ar a matéria do Manu Rezende no programa Super Session da Band. Assim que souber a data eu aviso aqui no site. Até o final da semana pretendo colocar os vídeos aqui também.

Enquanto isso vocês podem ir dando uma conferida nos sites do pessoal:

Manu Rezende - Super Session - www.supersession.com.br
Zecão Surf - www.zecao.com.br
Antonio Totó Bonfá - Revista Trip - www.trip.com.br
Marcelo Olivetto - Onlinetur - www.onlinetur.com.br
Tiago - Tripping Viagens - www.tripping.com.br
Luiz Fernando Abud - Taubaté Veículos - www.taubateveiculos.com.br

Valeu e até a próxima!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Caviahue 5º dia - Saideira

Quando chegamos na montanha fizemos umas descidas pela pista e fomos finalmente testar a rampa que construímos dois dias atrás. Na verdade "construímos" é um pouco de exagero, pois nessa rampa a minha participação foi mais o apoio moral. Ficamos lá um bom tempo, e o pessoal fez altas fotos e filmagens. Pra variar o Polenta foi o destaque com seu repertório de truques. Tiago mandou bem também, e um argentino skatista se juntou a gente nos jumps e tirou umas manobras legais.

No meio da tarde, no último rolé da viagem, fomos todos repetir o fora de pista que o pessoal fez ontem. Menos o Marcelo, que teve que resolver umas coisas, e o Abud que ainda está sentindo dores no pé. Como eles disseram o lugar é muito maneiro, mesmo a neve hoje não estando tão boa quanto ontem.

Fechamos o dia com uma descida no meio das árvores e voltamos pro hotel felizes.

domingo, 1 de julho de 2007

Caviahue 4º dia

Hoje na parte da manhã o grupo se separou. Tiago, Zecão, Polenta e Totó foram fazer mais um fora de pista em um lugar novo que o Zecão encontrou. Eu, Manu e Roberta demos uns rolés nas pistas da estação, pois a gente estava meio cansado e o Manu queria fazer umas imagens para o programa. Marcelo e Abud foram conhecer as piscinas de águas vulcânicas.

Sobre o fora de pista, o pessoal disse que foi muito bom, encontraram bons picos com neve boa e fizeram uma descida maneira pelas árvores. Eles disseram que vale a pena repetir para fazer novas imagens.

Filmei o Manu em duas descidas nas pistas para o programa, e parece que as imagens ficaram boas. Já tem mais gente nas pistas, acho que por causa do final de semana, mas mesmo assim está longe de ser um lugar cheio.

Marcelo e Abud voltraram das piscinbas vulcânicas dizendo que o lugar é muito bonito e que vale a pena conhecer. As águas são quentes mesmo, e se vacilar pode até queimar. Pra gente vai ficar pra próxima vez.

No final da tarde nos encontramos para fazer uma brincadeira no snowpark que o pessoal da estação montou pra gente. Assim que eu pegar mais fotos com o Polenta vou colocar aqui.

sábado, 30 de junho de 2007

Caviahue 3º dia: Mais fora de pista

Como o fora de pista de ontem foi nota dez, o lance hoje era repetir o esquema. O administrador da estação, Diego, nos indicou um lugar onde a neve as condições de neve estavam ideais, muito powder. Então era para lá que a gente tinha de ir.

Chegar no pico foi bem mais fácil do que ontem. Uma pequena caminhada depois do lift mais alto da montanha e o primeiro drop estava bem na nossa frente. Neve intacta, como sempre. Se eles precisavam de alguém pra riscar essa montanha, eles conseguiram! rsrsrs

Nesse primeiro drop levei um tombão e caí de cara. Ainda bem que era powder... O Abud, depois de acertar um grab bacana, também deixou sua marca na neve. Tomara que pelo menos as nossas fotos tenham ficado boas.

Polenta e Tiago mandaram muito bem nas cornices, vai dar um material bom pra matéria do Manu.

Mais uma pequena caminhada e chegamos no segundo drop, e esse impressionou. Diferente do primeiro, que a gente chegou por baixo, nesse chegamos pela parte de cima, e aí foi só ver a montanha se abrindo no vazio. Descemos a primeira parede, sem ver o que tinha embaixo, e depois cruzamos um canyon para em seguida passar pelas árvores. Muito maneiro. Na foto abaixo está o Zecão se preparando pra descida radical.



Na caminhada de volta - é, aqui a gente anda - paramos pra construir uma rampa pra dar uns saltos. O nosso park crew Henrique mais uma vez mandou bem. Deixamos a rampa pronta pra amanhã e voltamos pra base da estação.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Caviahue 2º dia: Fora de pista

Pra hoje o Marcelo arrumou pra gente uma saída de snowcat para explorarmos uns picos diferentes e fazer um fora de pista. O chefe da montanha mandou um guia com a gente, que disse que ia nos levar pra uma parte da montanha onde teria uma descida muito maneira, só que precisava fazer uma caminhada.

Chegamos na base de um paredão alucinante, e acho que a foto abaixo fala por si. O snowcat e o guia nos deixaram na base e daí pra frente foram uns 40 minutos de caminhada montanha acima. A descida compensou cada minuto. Nada como ser os primeiros a riscar a neve.







Quando chegamos na base claro que deu vontade de subir novamente. Dessa vez subimos por outro caminho para, claro, riscar um lugar diferente. A essa altura o guia argentino e o snowcat já tinham ido embora, e era hora de começar a volta a pé para a estação. No caminho de volta ainda fizemos diversas descidas alternando com a caminhada. Nota dez novamente.

Chegamos no hotel morrendo de fome, contando o tempo que faltava para o jantar. Estamos hospedados no Hotel Nevado, que pertence ao mesmo grupo da estação. O hotel é legal, tem café e jantar incluído e o pessoal nos recebeu super bem.

Hora de descansar que amanhã tem mais. Até!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Caviahue 1º dia: A montanha é nossa!

Acordamos cedo pra começar em grande estilo. Ainda estava escuro, pois em Caviahue nessa época do ano amanhece às 8:30.

Tomamos o café da manha no hotel e às 9h estávamos na base da estação. Pegamos os passes e pegamos os lifts direto pra parte mais alta da montanha. Esquentar pra quê?
Subindo o primeiro lift já deu pra perceber a beleza do lugar. Caviahue fica na base do vulcão Copahue e à beira do lago num pequeno vale cercado de montanhas por todos os lados.

Passamos o dia conhecendo as pistas da estação, que não são muitas. Pra todo lado que você olha tem um paredão de neve virgem, tem muita coisa pra explorar.

Filas nos lifts? Nem pensar. Além da gente tinha mais uns dois casais nas pistas e mais nada. Caviahue é nossa!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Em trânsito

Saímos do Rio ontem eu, Marcelo, Tiago e Roberta, para encontrar com o resto da galera em São Paulo e embarcarmos pra Buenos Aires. De lá trocamos de aeroporto para o pegar o vôo para Neuquén, em seguida uma van até Caviahue. Chegamos no hotel depois da meia-noite.

Resultado: com os atrasos em todos os vôos foram mais de 24 horas de viagem para a Argentina! Mas estamos aqui, agora é só alegria!



Foto: Marcelo, Johnny, Manu, Zecão, Polenta, Totó e Abud no aeroporto de Buenos Aires.

domingo, 24 de junho de 2007

Snowtrip Caviahue

Na próxima quarta-feira, dia 27, vou embarcar numa snowtrip para Caviahue, acompanhando a equipe do programa Super Session da Band numa matéria sobre a estação. No grupo também estará presente um pessoal fera do skate e do surf. A snowtrip foi organizada pelo Marcelo Olivetto e pelo Tiago da agência Tripping.

Foi dada a largada para a temporada 2007 na América do Sul !

terça-feira, 6 de março de 2007

Segundo Vídeo

Segundo vídeo da série Snowtrip Colorado 2007. Podem comentar!



Dica para todos os vídeos do Youtube: o melhor é clicar no Play e depois no Pause, e deixar carregar o vídeo inteiro. Quando terminar de carregar clicar no Play novamente para assistir.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Vídeo da Viagem

Finalmente, depois de tanto tempo, conseguimos publicar o primeiro vídeo editado da viagem, ao som do AC/DC. Cortesia do nosso filmmaker e esquiador nas horas vagas, Paulo. Espero que vocês gostem. Valeu!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

14o. dia: Frio demais!

Hoje o frio estava absurdo. Pela manha a previsao do tempo ja dava uma ideia, dizendo que estaria "artic cold". Fui para Breck e foi isso mesmo, parecia que eu estava na Antartica (ou Artico, pois em termos de temperatura tanto faz). Dessa vez nao dei bobeira e vesti quase todas as roupas disponiveis, mascara e gorro por baixo do capacete.

Os lifts mais altos como Imperial Chair e Chair 6 nem abriram, e o Peak 10 so abriu a tarde. Logo que cheguei andei um pouco pelo Peak 8 mas nao estava dando. Com rajadas de vento de 40 mph a coisa realmente pega. Fui entao para o Peak 9 e passei quase o dia inteiro no park. Subia pela Beaver Run, Chair A ou Quicksilver e descia ate a base da Mercury pra entrar no park Eldorado. Com direito a paradas pra beber alguma coisa quente.

Comecou hoje aqui um evento bem legal, o The Honda Ski Tour. Sao competicoes de ski em diversas modalidades e shows a noite. Hoje tem show de reggae dos Wailers, a banda que tocava com o Bob Marley. O site do evento eh super bacana: http://www.theskitour.com

Hoje tambem chegam o Marcelo, Thaty e Clara, meus amigos que moram em Dallas. Pra sorte deles o tempo deve melhorar a partir de amanha.

Ate mais.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

12o. dia: POWDER EVERYWERE !!!!!

Depois de estar nevando desde ontem à noite, quando acordei hoje os carros no estacionamento estavam cobertos de neve. Saí pra Breck já com a neve batendo no meio da bota. Quando cheguei na montanha não deu outra: POWDER DAY !!!!!

As pistas estavam quase vazias, porque continuou nevando o dia inteiro e por ser dia de semana. Comecei subindo a gôndola para o Peak 8, que acabou sendo a escolha certa. As pistas do Peak 8 estavam fantásticas, principalmente a Dukes. Depois disso, do alto do Peak 8 subi a Chair 6 na direção da Imperial Chair. O que já estava bom ficou melhor ainda. Descobri umas pistas que ainda não tinha andado, que formam o Chair 6 Back Bowl. Fiquei um tempão nessas pistas e decidi nem subir a Imperial Chair, pois a visibilidade lá no alto não estava muito boa. Além do mais tinha que deixar alguma coisa pra amanhã... :-)

Pra completar o dia em Breck fui dar uma conferida nas pistas do Peak 9, que estavam legais mas não tanto quanto as do Peak 8. Talvez por eu ter chegado mais tarde e por ser mais movimentado, estava mais para packed powder.

A essa altura eram 4 da tarde, os lifts estavam fechados e eu pensei: "O que vou fazer agora?". Alguém adivinhou? Fui pra KESTONE, é claro! Peguei o busão e em meia hora estava lá.

Como já era final de tarde só andei na parte da frente da montanha. Aí tenho que confessar que eu já estava meio cansado. Andei mais uma hora e meia só pra forçar uma barra e voltei pro hotel, pois afinal de contas... amanhã tem mais!

Obs: Para quem não sabe o que é neve powder vale dar uma olhada na página http://www.snowadventures.com.br/tipos-de-neve.asp

Johnny.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Já de volta, escrevo pela primeira vez no blog da snowtrip. É que lá, ficamos tanto tempo na montanha e conhecendo os lugares, que não sobrou tempo pra relatar o que tinha acontecido horas antes.

Pra resumir agora o que foram os 7 dias: muitas e muitas e muitas descidas; solaço; pistas de condições variadas; lifts absolutamente sem filas (a maior, imagino que tenha sido de uns 3 mins.); ski noturno em Keystone, direto das 24 hs da viagem de ida (!!!); diversos parks, com tamanhos separados para iniciantes, intermediários e avançados;
ótimo hotel, quarto com vista para o lift; carro nota 10 (com espaço pra carregar toda a muamba adquirida pelos turistas); várias comidas americanas "all-fat", e ainda assim menos 3 kilos na balança; algumas refeições mais elaboradas, acompanhadas de bons vinhos da califa; diversos momentos de -20Cº (para saber como é basta entrar no freezer); alguns tombos, nenhum osso quebrado; hot tubs no hotel, o famoso "canjão"; várias risadas; algumas conversas instrutivas com os nativos daquele país (muito educados e receptivos), sobre como no Brasil não temos montanhas nevadas e não temos o espanhol como idioma oficial; boas conversas entre nós, de novo risadas, e novamente muitas e muitas e muitas descidas.

João, experimentado no snow, grande organizador da trip, saiu-se muito bem nessas duas funções. Com a prorrogação de sua permanência nas Rocky Mountains, certamente fechará a temporada fazendo 360º's e mortais invertidos nos parks de Breck. "E aí galera! Snowboard rules"...

Paulo e Wander, caras agradabilíssimos, curtiram a montanha de forma mais cautelosa (leia-se, nos skis), e nitidamente progrediram o correspondente a umas três temporadas no hemisfério sul: na segunda metade da trip, só queriam pistas pretas (peak10 de Breck), e desciam bem acima do limite de velocidade que mentalmente poderiam ter cogitado no avião a caminho de Eagle. Agora vão tirar onda ultrapassando argentinos nas pistas do cone sul.

Pípou, figuraça, sentiu a viagem de ida e a altitude, mas se recuperou logo em seguida e praticou snowboard de 1ª, sobrando pilha e curtindo cada momento, e ainda assim lembrando a importância de sempre buscar "improvements", reservando algumas descidas para treinar e aprender novas técnicas, o que fiz (apesar de querer mesmo "botar pra baixo"). Foi peça essencial no trio de boarders brazucas. Fora os saltos nas rampas dos parks...

Agora ficam as fotos e os filmes, as amizades, as parcelas no cartão, e a expectativa pra próxima.

Abraços!
Leo.

sábado, 27 de janeiro de 2007

8o. dia: O grupo se desfaz

Hoje o Pipou, Paulo, Wander e Leo voltaram para casa. VALEU, GALERA !!!

Alem da companhia deles (a parte principal), perdemos tambem o principal relator do blog, o Pipou. Daqui pra frente vou continuar escrevendo sobre a viagem e tentar manter o nivel dos posts.

Para manter o pique do snow passei o dia em Breck. Uma coisa que a gente comentou eh que aqui nao tinha fila nos lifts mas, diferente dos outros dias, hoje as filas estavam enormes. Com certeza porque hoje eh sabado e tem muita gente que vem so para passar o final de semana. Acho que amanha a tarde deve voltar ao normal.

As pistas estavam cheias, mas descobri que o Peak 7 eh a melhor parte da montanha nesses dias. No Peak 7 todas as pistas sao azuis, mas tem muitas ondulacoes e jumps, parecem pistas de bordercross naturais. Como sao largas e quase vazias, da pra pegar uma velocidade boa.

Depois de 6 dias de sol e calor (rs rs rs) hoje o tempo comecou a mudar. Esta ventando, esfriou bastante e as nuvens estao aparecendo. A previsao eh de neve para os proximos dias, ja estava mesmo na hora.

Ate amanha.

Obs: Como voces perceberam esse teclado esta sem acentos, vou solucionar em breve.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

7o. dia - Saideira em Breck







E a viagem chega ao fim para mim, para o Paulo, o Wander e o Leo. Apenas o afortunado Johnny continua no Colorado desfrutando de sua neve de altíssima qualidade.

Hoje encerramos a temporada aqui mesmo em Breck, apesar de inicialmente termos planejado uma nova visita em Vail, para conhecer a outra metade da montanha. Mas não tem problema, já temos um pretexto para voltarmos.

O último dia estava ensolarado, assim como toda a semana. Um brinde a montanha. Apesar de insistirmos em quebrar uns ossos, terminamos todos bem, salvo por umas dores aqui, uns hematomas ali. Só quem não gostou nada da viagem foi a minha já apertada conta bancária. Não posso dizer que minha esposa adore minhas viagens, embora haja quem insista em afirmar que ela inclusive paga a minha passagem só para se livrar de mim por uma semana, mas ela me apóia, ainda que relutante, sem dúvida alguma.

O foco do dia, para mim, Leo e Johnny foi treinar uns pulos no snowpark, mas não esquecemos de dar umas voltinhas na montanha para aquecer e nos despedirmos. Estou conseguindo dar uns bons pulos (segundo o meu referencial de qualidade, que pode não é lá muito rigoroso...), ainda que pareçam medíocres, especialmente aqui, onde todo mundo anda bem para cacete. Me aguardem, que ano que vem vou tentar um 180º.

Paulo e Wander foram tentar umas pretas, só para poder esbanjar em Las Leñas em setembro!!! Engraçado é que o Paulo comprou um rádio novo de 18 milhas.... mas nem assim ele lembrou de tirá-lo da mochila para ouvir nossos chamados.

Findo o dia, como era a nossa saideira, fomos jantar num restaurante legal: Koeshua, especializado em steaks (bife nos EUA é carne assada). Comi filé de bufalo: gostoso, mas nada de muito diferente do boi. Bebemos vinho, quatro garrafas, se não me engano. Eu só paguei por uma, porque não dá para acompanhar esses alcóolatras. O Paulo, o Wander e o Leo são enófilos de primeiríssma linha. Conheciam todas as uvas da Califórnia.

Para fechar, fomos ver um show de uma banda cover do AC - DC, composta por mulheres, digamos assim, não muito femininas. Mas fazer cover nos EUA é coisa séria. Elas tocavam para cacete. A Angus(a) Young imitava os solos, o balançar da cabeça, os trejeitos, a careta.... Tudo igualzinho. Idem para a Bonn(a) Scot, que cantava para cacete. Só o Johnny não foi, porque foi barrado no baile!!!

Vou ficando por aqui, com a certeza do dever cumprido. Cada temporada tento fazer um up grade, melhorar em algum ponto específico. Estou realizado com os meus super jumps de 30 centímetros.

Agora é manter o contato com meus novos amigos, Leo e Wander, e marcar um chopinho para ver as fotos e vídeos. E contar as mentiras....

Desculpem-me pelos erros de português. Não é fácil escrever de noite, exausto, depois de esquiar muitos quilometros no dia.

Pípou

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

5o. dia - Keystone


No dia da chegada, fomos a Keystone de noite para experimentar o esqui noturno. como achamos que a montanha era muito legal, decidimos que ela merecia uma visita em um outro dia.

Keystone é um pouco diferente das montanhas daqui. Ela cresce para trás, enquanto as outras crescem para os lados, com exceção de Vail, que depois de não ter como se expandir lateralmente, passou a invadir os back bowl, e depois, o Blue Sky Basin. A vantagem é que andar em Keystone é muito fácil.

Mais um dia de sol. Logo ao chegar, o Johnny ouviu dizer que era melhor ir para o último pico, o Outback, pois, pela manhã, só lá bate sol. Esquiar na sombra nem pensar. Rumo ao fundão, subimos o pico principal, descemos pela face de trás, subimos o segundo pico, o North Peak, descemos pela face de trás, e, finalmente, subimos o dito cujo. Parece longe? Parece não, é.

As pistas em Keystone são rápidas. Nosso aquecimento foi em pistas azuis rápidas, quase como as vermelhas do cone sul.

Lá no Outback Peak há um passeio muito legal, o snowcat, um trator de neve com uma caçamba para levar os doidos para o cume da montanha, sem acesso por lifting, para quem quer descer os south ou os North bows. É muito legal, tirando os cinco dólares cash pela carona. A descida é bem legal, especialmente para quem consegue andar numa valinha bem estreita, cercada por árvores, o que não é o meu caso, que acabei por levar diversas vacas. Pena que não havia muito powder, mas deu pro gasto.

Na sequência, andamos no pico do meio, o North Peak, e depois fomos para o snowpark, tentar uns saltos. Felizmente consegui vencer o meu super medo de pular, e tenho arriscado levar umas vacas nos jumps, muito embora minha bunda se lamente por isso. Infelizmente, o snowpark pequeno de Keystone é maior do que o de Breck, o que foi péssimo para mim, quero dizer, para a minha bunda.... kkkk.

Como em Keystone há o esqui noturno de quarta a domingo, aproveitamos para esticar o dia até às 18:30, só por teimosia, porque o corpo já pedia descanço.

Pípou

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

4o. dia: Breck

Passamos o dia em Breck, o tempo estava fantástico. Depois da neve de domingo o tempo abriu e agora todos os dias têm sido de sol, sem nenhuma nuvem no céu.

Andamos pelos 4 picos da montanha, mas a melhor surpresa do dia foram as pistas do Peak 7. São todas azuis, nada de mais em termos de dificuldade, mas são as verdadeiras cruizers, bem largas e totalmente lisas, com um grooming perfeito. Dá pra pegar uma velocidade legal e durante as descidas têm diversos lugares para saltar. A gente filmou, assim que puder colocarei o link do vídeo aqui.

Foi snowboard e ski o dia inteiro, só fomos parar pra comer praticamente na hora da montanha fechar. Recomendo o restaurante da base do Peak 8, que tem uma comida legal e muitos brasileiros atendendo.


Até amanhã!

Breckenridge total







No domingo, andamos em Breck, mas apenas nos picos 9 e 8, sem ir até o topo, porque estava muito nublado e a visibilidade era pouca. Era o primeiro dia de esqui, já que no sábado andamos em Keystone à noite. Na terça, como já estávamos mais espertos, corremos a montanha inteira: os quatro picos. O dia estava ensolarado, bom para umas fotografias. Aquecemos no pico 9 e em seguida fomos para o pico 8 para cumprir uma etapa indisensável: ir até o topo, que está a praticamente 4000m, onde o oxigênio falta aos pulmões. Dizem que é a pista mais alta das américas. Para chegar lá, pegamos a "Imperial Express Superchair", felizes com o visual. De rebarba, ainda havia uns malucos fazendo extreme, do alto de uns "chutes", pulando pedras, como nos filmes.

Chegando no topo, alegria. Fotografias, cumprimentos, com se tivéssemos superado um grande obstáculo. No segundo momento, cullo cerrado, porque toda a área é doble black diamond, exceto por uma saída de emergência, uma pistinha azul.








Depois de fazermos umas três descidas nesse trecho, que possui um lifting próprio, cortamos para o back side da montanha para pegar um big bowl. Eu para variar um pouco, dei uma amarelada, porque, além de ter que pegar uma trilha muito estreita, não dava para saber o que viria pela frente, exceto a certeza de que havia muitas pedras. Somente uns quatro minutos após a saída do Léo e do Jonny, depois de muita reflexão, resolvi encarar. Percorri a trilha, que nem era tão longa, chegando na cabeça do bowl, parecido com a "La garganta", de Bariloche, mas muito maior, com várias faces para descida. Era meio sinistro, especiamente porque a neve não estava powder e a descida era bem íngreme. Mas descemos mesmo assim. Eu e Léo por um lado, e o Jonny por outro. Rolou até uma filmadinha para não dizer que é história de pescador.

Passada a adrenalina, fomos para o pico 7. Muito bom. As pistas são rápidas e parecem um tobogã. Era muito legal ver aqueles doidos descerem a mil voando nos desníveis. Eu, vez ou outra, quando conseguia dar uma reduzina na velocidade antes de uns desses degraus, e arriscava tirar a prancha uns 10 centímetros do chão, o que não chega a ser um jump.

Voltando para a base do Pico 8, paramos no restaurante para comer algo, dar uma descançada e assistir aos doidos voadores no snow park principal, gigante, com um big half pipe, e saltos inacreditáveis.

Ainda faltava o Pico 10. E lá fomos nós. Já era tarde e a estação fecharia às 4:00. Para migrar de um pico para outro temos que fazer tipo um zig zag: subir um lifiting e descer em diagonal, cortando para o lado. Como estava no caminho, resolvemos dar uma passadinha no nosso snow park small, o reservado para os pregos. O pico 10 também é bem legal, mas não foi boa idéia ir lá no final da tarde, porque as pistas ficam completamente sombreadas. Voltaremos lá pela manhã do próximo dia em Breck.

Depois disso tudo, de ter rodado a montanha toda, canjão e jantar, num italiano aqui perto, que serve macarrão de primeira, numa bacia.

Com um dia desses, dá até saudades do pessoal do trabalho.... rs rs rs rs.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

3o. dia: EsquinaVail




O título é uma brincadeira que só alguns colegas vão entender. É que nós temos um grupo chamado esquinaveia... e não resisti ao trocadilho com o esqui em Vail.

Para ir à Vail, que fica a uns 60 km daqui, acordamos cedo e partimos de carro. Dessa vez eu fui dirigindo, para desespero da galera. Chegando lá, optamos por iniciar os trabalhos a partir de Vail Village. Vail é enorme. Para ir de uma base para outra, é preciso pegar ônibus. Como consequência de iniciar desse ponto, só conseguimos dar uma olhadinha em metade da montanha, a da esquerda, mas sem chegar perto de exaurir todas as pistas. Ficamos devendo mais uma visita, iniciando pela base de Lionshead.

Acontece que Vail tem a face da frente, que é enorme, a face de trás dessa primeira montanha, que são os conhecidos back bowls e a face da frente de uma segunda montanha, a Blue Sky Basin . Pelo menos foi o que eu entendi, mas não dá para ter certeza. Consegui me fazer entender? Não vou perder tempo aqui falando sobre Vail. O lugar é tão grande, com tantos lifitings, tantas pistas, que seria melhor escrever um guia e publicar na Folha.

Andamos muito. Apesar da estação abrir às 8:30 e fechar às 16:00, e ainda que aluguns lifts encerrem às 14:30 para que ninguém fique preso nos confins da montanha, os meios de elevação são rápidos e não quase pegamos filas. Só demos uma paradinha de 10 minutinhos para um xixi e para comer um biscoito.

Ontem o dia estava nublado e não pudemos nos exibir para as câmeras, mas hoje o dia estava lindo, com muito sol, e os fotógrafos e cineastas de plantão aproveitaram para trabalhar. Houve mesmo um registro cinematográfico de uma colisão entre mim e o Johnny, mas por culpa deste, embore ele negue. Dá para ganhar umas cem pratas na vídeo-cassetada do Faustão.

Grata surpresa foi ver o Paulo e o Wander mandando para baixo com a galera. Eu também fiquei satisfeito de estar conseguindo acompanhar o Johnny e o Leo, que são mais rápidos e experientes. A pista que eu mais gostei foi a Northwoods, uma azulzinha com cara de vermelha sensacional e rápida: quando eu me dava conta, já estava numa lenha danada, tendo que dar uma travada para não acabar fazendo bobagem. Nem parecia o retardatário da Italianos de Chapelco.

Mas falta uma vala maneira, como a de Chapelco, depois da canedon, a La Garganta, de Bariloche ou aquela fenda de Pucón, no pico da esquerda de quem olha para o vulcão. Os bowl daqui são enormes e difusos. Até tem umas valas pequenas, mas em uma delas sequer havia neve suficiente para uma brincadeira. Não aconselho arriscar um passeio no bosque, porque você vai encontrar muitos bumps para você se desequilibrar e se arrebentar em uma árvore, o que acabei descobrindo, graças a pilha de dois sujeitos que não prezam pela integridade física. Coitado do Paulo, que literalmente deu com a cara no chão.

De volta ao bowl, eu acabei encalhado um powderzão, porque não peguei embalo suficiente numa descida um pouco íngreme (cullo cerrado) e só sai graças aos meus ensinamentos da caserna: rastejando! E por falar em powder, até agora nada. Acho que deve estar precisando nevar, mas os caras aqui são profissionais. Eles passam as máquinas e as pistas ficam excelentes, mesmo com pouca neve. É o que chamam de groomed.

Depois, cansados e famintos, ainda arrumamos disposição para ir a um outlet perto de Frisco. Mas essa é outra história.

Inté

Só pra esclarecer

Depois do super completo relato do Pípou não tenho muito a acrescentar, apenas esclarecer que o tal choque não foi culpa minha. Já pedimos o tira-teima do vídeo, que será analisado por uma comissão multidisciplinar.

Vail estava espetacular, e o engraçado é que não fomos à maioria dos lugares indicados pelo Alex num dos posts anteriores. O bom é que agora temos mais um motivo pra voltar a Vail ainda nessa semana.

E amanhã tem mais !!!

Até.

domingo, 21 de janeiro de 2007

2o. dia: Breckenridge

Hoje decidimos ficar em Breckenridge. Andamos o dia inteiro sem parar, das 10 às 5 da tarde.
A montanha é muito legal, as pistas e os lifts são ótimos. Não pegamos nenhuma fila, ao contrário do que as pessoas falavam. Ficamos mais no peak 8 e Peak 9, mas o Paulo e o Wander chegaram a ir ao Peak 7.
Nevou desde a hora que a gente acordou até o final da tarde e o frio está demais. A mínima do dia foi de -23 C no topo da montanha, tão frio que todo mundo ficou com os dedos das mãos doendo. Mas agora à noite o tempo abriu e não tem uma nuvem no céu, então estamos com boas perspectivas para amanhã.

sábado, 20 de janeiro de 2007

1o. dia: Chegada


Tudo transcorreu bem na viagem. Fizemos a migração em Miami e pegamos uma conexão para Eagle. O jonny fez um trajeto diferente, por Denver, porque ele vai ficar mais tempo e não conseguiu furar o bloqueio dos pacotes das operadoras.

O pouso dá um pouco de medo: a aproximaçao entre as montanhas lembra a viagem de Chapelco. No aeroporto mesmo, alugamos um carro, um Ford Explorer 4x4, branco, banco de couro caramelo, muito maneiro. Achamos que seria mais seguro, afinal de contas, eu também iria dirigir.

A viagem entre o aeroporto e hotel é muito bacana. Você passa por diversas estações à margem da rodovia estadual 70, sentido este. E lá estão, a nossa direita, Beaver Creack, Vail, Cooper Montain. Muito legal.

Chegamos no hotel lá pelas 13:30, e por concidência o Jonny estava acabando de descer do seu transfer, triste da vida, porque tinham sumido com a sua prancha na conexão de Dallas.

Ficamos naquele chove-não-molha até umas 16:00: liga para a América Airlines para saber da prancha extraviada, aluga equipamento, fazer o check in no hotel, liga para casa para avisar que estávamos todos bem.

O hotel, o Great Divide Lodge, a propósito, é muito bom, embora não seja exatamente um hotel de luxo. Os quartos tem aproximadamente uns 40 metros quadrados, e não estou exagerando. Tem lugar para duas camas de casal e um sofá cama, armário, suite e sobra espaço. Não temos que tropeçar nas malas, bater nas quinas das camas, etc. Além disso, tem tv a cabo, nintendo (ou algo do gênero, já que não entendo desses jogos eletrônicos). No térreo, tem internete free, fliperama, hot tube (canjão), piscina, spa (para quem consegue malhar depois de um dia de esqui...). E garagem coberta para os carros. O mais legal, porém, é que ele está a poucos passos do lifting de acesso ao Pico 9 (Breckenridge é composta pelos picos 7, 8, 9 e 10).

Finalmente estamos prontos para esquiar. Breckenridge já encerrou, então aproveitamos para ir para Keystone, experimentar o esqui noturno (de quarta a domingo). A secura falou mais alto, porque encaramos 12 horas de avião, uma de carro, 5 horas de fuso horário, 2.200 metros de altitude, fome, e ainda tivemos que pegar o carro e dirigir 30 minutos até Keystone. E olha que o Léo estava viajando ainda há mais tempo, porque ele veio de Brasília.

Chegamos no pico. No começo, eu estava apreensivo. Esquiar de noite... isso deve ser coisa de maluco. Realmente a visibilidade nao é lá grandes coisas. Cheguei andar mais de uma hora sem google, porque o meu é espelhado e deixa tudo mais escuro. O que foi uma pena, porque eu tenho um carreira velho de guerra, de lente amarela, que iria ser perfeito, mas ficou em Niterói. Depois tive que me render ao google, porque os olhos estavam ardendo por causa do vento gelado de -10 a -15ºC (frio para cacete). Esquiar de noite nao é tão complicado, porque só uma pequena parte das pistas, de verdes e azuis, fica aberta e iluminada por refletores. Não estamos falando daquela descida com tochas de Valle Nevado, embora deva ser legal, mas de uma super estrutura lojística. Além disso, não vemos principiantes nas pistas. Sabe como é, dá um medinho.
Keystone é incrível. Sao dezenas de holofotes. Bons meios de elevaçao. Boa sinalizaçao. Show de pelota. Que estrutura. Os comentários que idolatram Vail não deveriam diminuir a qualidade das outras estações próximas.

Já era quase 21:00. Eu estava morto. Mesmo antes de sair do hotel, eu estava sentindo a altitude. Depois de quatro horas esquiando, eu estava faminto. E congelado. Na base da montanha estava marcando -10º C. Lá em cima, devia estar pelo menos -15º C. E ainda tinha o vento gerado pelo movimento. O nariz parecia querer quebrar. Para complicar, começou a nevar. Mal paramos para tomar uma cerveja, para recompor as energias. Fui dirigindo na volta para o hotel, muito devegar, com medo de derrapar e detonar a viagem logo no primeiro dia: demoramos quase uma hora. Chegando ao hotel, mal consegui jantar. Só desci para comer porque eu estava com muita dor de cabeça. Quando percebia, estava cochilando com o garfo na boca.

Dormimos como anjos. E olha que o meu travesseiro era alto, o que me provoca graves dores no pescoço. Sorte minha e do Léo que o João não roncou. O mesmo não posso dizer do Wanderlei, porque o Paulo não perdoa.... rsrsrs.