terça-feira, 17 de agosto de 2010

Saideira com chave de ouro

Bendita foi a hora que resolvi trocar a minha volta via Santiago para passar por Buenos Aires, adiando a saída de San Martin no dia 17 para o final da tarde. Por isso, consegui andar essa metade do dia em condições espetaculares.

Como escrevi no dia 17 antes de sair do hotel, a neve caía forte na cidade anunciando a brincadeira. Na van lotada pela estrada, a turma já começou a se animar. Quando chegamos na bifurcação para pegar a estrada de terra, o motorista parou pra colocar as correntes nos pneus. Mostrou ter uma certa dificuldade com a coisa, eu só olhando pro relógio e começando a ficar nervoso. Àquela altura, cada minuto pra mim valia ouro. Olhei pra um lado e pro outro, pedi desculpas aos meus companheiros e abandonei o barco: desci pra pegar carona em outra van.

Chegando no Cerro, fui comprar o ingresso do dia extra na bilheteria e encontrei o Felippe de SP, que tinha conhecido outro dia no Pizza Cala. O bicho bota pra baixo. Ele estava na mesma situação que eu e marcamos de rachar um taxi perto de 1 da tarde. Contagem regressiva.

Quando chegamos no alto da telecabina descobrimos que só a Graef já estava aberta. Num dia normal isso seria um horror, mas com a neve que tinha caído estava ótimo, era powder pra todo lado. Mal começamos a descer e a turma da van começou a chegar, minha consciência ficou mais tranquila.

Pouco tempo depois abriu o Del Palito, um pominha safado que acabou sendo uma das melhores descidas do dia. A essa altura tinham se juntado a nós Rafa e Perroni, que não me deixam mentir.

Dali encontramos o "prefeito" Claudio, que apontou na direção da Italianos ainda imaculada. A entrada estava impossível, então cortamos pelo bosque. Estava espetacular mas com tanta neve fofa que estava bem difícil de andar. O Claudio abrindo caminho com sua pracha Apex foi uma ajuda e tanto. Essa parte está filmada, vejam o vídeo abaixo.

Era uma inauguração depois da outra. Em seguida subimos o Filo, ponto mais alto da estação junto com o Teta. Visibilidade precária mas neve impecável. Me perdi do Felippe e pensei em me perder do taxi de volta também. Sem brincadeira, tinha lugar com meio metro de neve.

Ia encontrando ou vendo as pessoas do alto do lift e acho que todos estavam contentes. Fabiano, Leo Simas, Bruno W, Pablito, KByte, Leozinho, a lista não tem fim. Para alguns podia estar mais difícil, mas acho que essa experiência não tem preço. Encontrei com irmão do GPBarbosa e o pessoal de Vitória diversas vezes, perguntei por ele mas não achei. Estava difícil parar e concentrar em alguma coisa que não fosse descer o powder.

Claro que cheguei atrasado no taxi e tive que descer sozinho até o hotel pra tacar correndo as roupas e botas molhadas dentro da mala antes de pegar o ônibus, mas tudo por uma boa causa.

Outros dias iguais a esse virão!



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