terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Snowmass - Telluride 2011

COLORADO, 16 a 29 de Janeiro de 2011

SNOWMASS - TELLURIDE

A trip de 2011 foi, em resumo, a seguinte: passamos 7 dias em Snowmass, um dos quais andamos em Hihglands e outro em Butter, e, mudando de base, mais 3 dias em Telluride, a suldoeste de Aspen, umas 4 ou 5 horas de viagem, e, para evitar problemas no retorno, o último dia em Breck, onde encontramos Cassilatti, Perroni e Demétrio. Já que por Eagle estava muito caro, voamos por Denver, onde alugamos o carro. Eu e Johnny fizemos todo o circuito. Em Snowmass tivemos a companhia do Robson e do Carlão, com as famílias, e do Pedro “Lake Tahoe”, além de alguns amigos do Johnny que estavam lá por todo o mês, Carlinhos e Albano (os High Society board boys) e outros. No quarto dia chegaram Bruno, Bernardo, Paulo e Leo Camicase, que andaram dois ou três dias em SN e seguiram conosco para Telluride, a nova fronteira do ski do velho-oeste.

Convém lembrar que, tirando o Paulo, essa foi uma viagem de snowboarders mostly freeriders/all mountain, que fazem promessa para qualquer santo, mesmo os ateus, para nevar 8 inchs, mas que curtem saltos pequenos e médios e se aventuram modestamente no pipe. É nessa linha que seguem os pontos de vista deste relato. Mas não temos qualquer preconceito contra esquiadores e os freestyles em geral. Ao contrário, ir a Breck e assistir esquiadores detonando no park é simplesmente um programa imperdível.

Mas é curioso como as viagens de esqui nem sempre são justas com o resorts visitados. Quando chegamos em Snowmass, o lugar onde mais nevava era Breck, mas quando lá estivemos, no último dia, já era o quarto ou quinto dia de sol. Embora tenhamos tido boas condições em Snowmass, nevava um pouco dia sim, dia não, foi na pequena Buttermilk que tivemos o melhor dia, com neve generosa e boa visibilidade. Em nossa estadia em Telluride, lamentamos muito que havia quase duas semanas que não nevava, o que é muito incomum para a região.

Para olhos menos treinados, isso poderia significar uma conclusão errônea sobre a estação: achar que Butter é a melhor das estações ou que Telluride e Breck são as piores, ambas, é claro, conclusões errôneas. Aliais, de minhas parcas andanças, estou certo de que não só não existe um resort perfeito, como também nem quase sempre é muito difícil dizer qual é a melhor entre duas estações tidas como de ponta, mesmo porque cada um tem suas próprias expectativas e preferências. Eu, particularmente, gosto de uma montanha com boas pistas para carving, algumas pistas pretas inclinadas e grumadas para testar o edge, um bom fora-de-pista, de preferência sem árvores ou com um bosques pouco densos e seguros, um parque com saltos pequenos/médios e um bom pipe. Tudo isso, é claro, com pouca fila!

GPS

Essa foi a primeira experiência nossa com gps na montanha. Tecnicamente, não usamos gps propriamente dito, mas sim PND (personal navigator device), esses que são utilizados nos carros.

Era só ligar o aparelho no início do dia e descarregar no programa no final e exportar os trackings para o google earth. Voilá, toda a trilha percorrida na montanha. Ademais, indica distância percorrida (incluindo os liftings, é claro), velocidade e altitude em cada ponto. Muito legal.

Usamos o Garmin nuvi 205, o mais simples dessa marca, e descarregávamos no Mapsource, o programa da Garmin para gerenciar o GPS. Requisito é ter o mapa dos EUA instalado.

SNOWMASS

Além de ser uma montanha grande, Snowmass pertence ao complexo constituído por outras três: Aspen (Ajax), Buttermilk e Highlands. Juntos, estes resorts compõe uma enorme área esquiável enorme, acessível com o mesmo bilhete.
Como chegar

A melhor maneira de chegar a região de Aspen-Snowmass é pelo aeroporto regional de Eagle-Vail, onde, embora não seja necessário para esquiar nas outras montanhas, convém alugar um carro, já que você acabará gastando o mesmo que no transfer e terá muito mais conforto para sair à noite, ainda que seja para simplesmente ir ao mercado.

Hospedagem

Nós ficamos hospedados no Laurelwood Condos. Ski in, ski out, muito bom. Só poderia ser um pouco mais perto do Village, embora não seja de forma alguma distante. Pegamos um estúdio (em L), sendo o ambiente do quarto (com uma cama de casal e armário) separado do da sala (com um sofá cama, poltronas, lareira e sacada), podendo, inclusive, ser isolado com uma porta camarão. Integrada com a sala, uma cozinha padrão, pequena mas funcional, suficiente para esquentar a lasanha. Interessante é que, além de wi fi, o telefone é liberado geral, para qualquer lugar do mundo. Tem também dois hot tubes ao ar livre. Só não havia dito que era gay week em Aspen... rsrsrs!!! Em Aspen, não em SM.

Snowmass Village

A vila de Snowmass não é uma cidade de verdade, como Breck, Aspen ou Telluride, mas sim uma típica vila de esqui, com dezenas de hotéis e condos construídos ao redor das pistas, na base das quais encontra-se um centro comercial com as lojas e alguns bares e restaurantes. Para quem quer fazer uma noitada, não me parece ser o local mais recomendado. Também não oferece muitas atividades extras para quem não esquia, embora exista um bom sistema de ônibus gratuitos que levam a Aspen, a Buttermilk e a Highlands.

Compras de eletrônicos e outras muambas, só em Gleenwood, a uma hora e meia de carro, onde pode-se ficar hospedado no último dia, para facilitar o retorno. Lá tem Walmart e Target. Recomendo fazer compras no site do Walmart USA, optando pela entrega site-to-store, até mesmo para não se perder tempo olhando prateleiras.
Dica: um dia, na hora do almoço, fomos comer no Big Hoss. Excelente chicken fries com curly potatoes a um preço bem em conta (U$ 8,00). Seria perfeito se não demorasse uma hora para ficar pronto!!

A montanha

Snowmass é uma montanha “massa”, perfeita para intermediários. É grande e tem muitas pistas azuis longas, rápidas e divertidas, com grooming impecável, um parques pequeno e médio, com sequências de três jumps bem cuidados, além de um parque grande, com big jumps e rails, um pipe animal e um pequeno, tudo praticamente sem filas. Embora tenha a região do Cirque, que deve ficar interessante com muita neve, falta um bom fora-de-pista que não seja um monte de bumps para condições regulares de neve, como o bowl à direita da Imperial Chair, em Breck. Também não vemos pretas grumadas, como em Telluride. Mas o bom é que você pode ir a Highlands para variar, onde as pistas são mais inclinadas e, com boas condições de neve, você pode arriscar a sorte no Loge Peak ou no Highlands bowl (que exige uma caminhada de 45 minutos que não fizemos por preguiça).

Enfim, Snowmass é um excelente destino de esqui para quem realmente quer se divertir esquiando. Além de ficar muito próximo de Aspen. Mas se o foco é badalar, fuja daqui.

TELLURIDE

Até há pouco tempo, ninguém ouvia falar em Telluride, mas nos dois últimos anos esse simpático resort, que possui o mesmo nome da cidade, chamou a atenção dos americanos. Fomos então conferir o que está rolando nessa charmosa e preservada cidade mineira do velho-oeste, onde Butt Cassidy roubou seu primeiro banco no final dos 1800, e que chegou a ser considerada fantasma nos anos 60, com o declínio da mineração, mas que ressuscitou com o turismo e com o esqui.

Como chegar

Se você vai a Telluride, não voe Denver. De lá, são 7 horas de viagem. O aeroporto mais próximo é Mont Rose, uma cidade pequena, mas com bom comércio (Target, Walmart, Sports Authority, etc), a pouco mais de uma hora de viagem. Lá na montanha você não vai precisar de carro. Pegue o transfer e economize o dinheiro do estacionamento (U$ 18,00 por dia, no The Peaks). Se quiser fazer compras, fique um dia em Mont Rose, com carro.

Telluride Village

Embora seja possível chegar à cidade esquiando, a base da montanha de onde partem os liftings fica Telluride Village, uns 500 metros acima da cidade, aonde se pode chegar de carro ou de gôndola, que pertence ao sistema de transporte público municipal e funciona até às 24:00. No Village, que é muito bonito, com duas grandes praças, há opções de lojas de roupas e lembrançinhas, aluguel de equipamentos, restaurantes, etc.

A propósito, na saída da gôndola, na base do Village, tem um restaurante muito bom, o All Red, onde jantamos no primeiro dia e de onde se vê a cidade iluminada. Não é barato, mas vale conferir, inclusive no after-ski.

Hospedagem

Há muitas opções de hospedagem, tanto na cidade, quanto no Village. Nós ficamos no The Peaks, o primeiro hotel a ser levantado na montanha. Por causa de um acordo com os donos do resort que, inspirados em Beaver Creek, queriam que fosse construído um hotel luxuoso com muitos serviços de lazer, o terreno foi vendido por um dólar e os compradores se comprometeram a construir um grande Spa e vários restaurantes no hotel. Resultado: a área de lazer é excelente, com alas exclusivas para homens e mulheres com hidromassagem térmica gigante e saunas seca e a vapor, e área comum a todos, com duas hot tubes cobertas e uma descoberta, piscina coberta para natação, piscina para lazer (parte coberta, parte ao ar livre), uma super bem equipada sala de musculação, spining, sala de ginástica, além de serviços de massagem e beleza. Além disso, o hotel conta com quatro restaurantes e áreas para after ski e eventos diversos (muita gente se casa lá). O ruim é que não tem aquela cozinha básica no quarto e não dá para fazer economia na comida, mas o hotel é show. Não perca de vista que o Village fica a 2800 metros de altitude

A montanha

A área esquiável é muito interessante. Lembra um pouco Highlands, por conta da inclinação das pistas, mas é grande como Snowmass. Tem um parque pequeno e um médio lado-a-lado que, embora não tão bem cuidados e mesmo não tendo um pipe (????), satisfizeram nossas necessidades freestyle. Há um fora-de-pista que exige uma caminhada de 30 minutos, o Bald Peak, que não vale o sacrifício da subida, porque é curto demais. Mas o Prospect Bowl e o Revelation Bowl são grandiosos. Pena que não pegamos uma boa condição de neve para poder explorar esses picos, se é que teríamos coragem para tanto.

Na região da chair 4 e da 5 encontram-se a maiorias das pistas azuis, mas cuidado que aqui existem as double-blue que podem ter muitos bumps. Na região da chair 9, temos pistas pretas grumadas. The Plunge é sensacional. Na chair 10, para os iniciantes, encontram-se as verdes, que não conhecemos, é claro.
Filas? não vimos.

De ruim, destacaria que, para cruzarmos a montanha, necessariamente pegamos algum flat, especialmente na saída do Revelation Bowl, mas nada de muito grave, é só ficar ligado e dar um gás antes do chapadão.

Em resumo. É um excelente lugar para se estar com boas condições de neve. Com pouca neve, ficaria com Snowmass.

BRECKENRIDGE

Só passamos um dia em Breck, com muito sol, pouca neve e muitos amigos. Foi divertido. Nos hospedamos no ... condo. Reservamos no dia anterior. Simples, barato e honesto. De ruim, tem que pegar um ônibus para chegar na montanha. Na volta, dá para chegar esquiando, se souber o caminho.... rsrsrs. Quase acertamos.
Aproveitei para ir no Peak ___ duas vezes, para fazer o bowl que acaba no peak 7, uma pela Imperial Chair e outra pelo famigerado T-Bar. As condições estavam razoáveis. Ademais, demos umas voltas pelos picos 7, 8 e 9. Perroni disse que o peak 10 estava muito ice.

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